Em que consiste a filosofia da educação? A resposta a esta
pergunta pode variar, dependendo do que se entende por filosofia (e, naturalmente,
também do que se entende por educação, mas a própria conceituação de educação
já envolve um certo filosofar sobre a educação). Ao leigo pode parecer incrível
que filósofos profissionais não tenham conseguido chegar a um acordo a respeito
do que seja a filosofia, isto é, acerca de seu próprio objeto de estudo, mas
esta é a pura verdade. A questão da natureza e da tarefa da filosofia já é, ela
própria, um problema filosófico, e, como tal, comporta uma variedade de
respostas. A muitos pode parecer que esta proliferação de respostas seja
indicativa do próprio fracasso da filosofia. Outros vêem nesta situação a
grande riqueza do pensamento humano, que, para cada problema que lhe é
proposto, é capaz de imaginar uma variedade de soluções, todas elas, em maior
ou menor grau, razoáveis e dignas de consideração, e todas elas contribuindo,
de uma maneira ou de outra, para uma compreensão mais ampla e profunda dos
problemas com que se depara o ser humano. Concordamos com estes últimos, e
somos da opinião de que, embora muitos problemas filosóficos milenares não
tenham (ainda?) sido solucionados, nossa compreensão deles, hoje, não é
idêntica à dos filósofos que os formularam pela primeira vez, sendo muito mais
profunda e ampla em virtude das várias respostas que já lhes foram sugeridas.
Isto significa que há progresso na filosofia, apesar de este progresso não
poder ser medido quantitativamente, em referência ao número de problemas
solucionados, podendo somente ser
constatado através de uma visão qualitativa, que leva em conta o aprofundamento
e a ampliação de nossa compreensão desses problemas.
Calendário
quarta-feira, 9 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?
Os Mundos Platônicos
Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/lable/revistametanoia_material_revisto/revista05/texto01_teoriadosmundos_platao_popper.pdf >. Acesso em: 05 mai 2012
Platão (428/7-348/7 a. C) é marcado em
toda a História da Filosofia como sendo um grande propagador das ideias de seu
mestre, o também filósofo Sócrates (470/469-399 a. C). A sua obra literária,
constituída de diálogos, tem Sócrates como o personagem principal, sempre
envolvido em discussões com os mais diversos tipos de pessoas da Grécia. Deste modo,
fica difícil estabelecer um ponto onde termina o pensamento socrático e onde se
inicia o pensamento de Platão. Porém, no momento em que Platão inicia sua
discussão sobre a noção de ideia, como essência da coisa em si,
independente do intelecto e de todas as outras coisas, o seu pensamento começa
a tomar ares de algo próprio. Platão
inicia com este estudo, um método de pesquisa de característica matemática,
colocando um princípio e aceitando aquilo que está de acordo com ele,
rejeitando o que está em desacordo com este mesmo principio. Segundo Sócrates, esta
é uma “ação de geômetra”, que propõe hipóteses das quais se extrai as consequências lógicas. A “Idéia” para
Platão não representa um simples conceito ou uma mera representação mental. Ela representa uma
causa de natureza não-física, uma realidade inteligível, ou seja, representa
aquilo que o pensamento mostra quando está livre do sensível, constituindo o
chamado “verdadeiro ser”. Um outro termo usado por Platão para representar esta
sua noção de Ideia é Paradigma, ou seja, a Idéia é um modelo permanente
de cada coisa (como cada coisa deve ser). Todas as Idéias existem “em si” e “por
si”, ou seja, não estão relacionadas a nenhum sujeito particular, nem podem ser
moldadas à vontade de ninguém especificamente.
Esta característica permite compreender que
as Ideias não podem ser mais do que realmente são. Isto quer dizer que elas
se mantêm sempre da mesma maneira, puras, imóveis e impossíveis de se tornarem
outra coisa. Por exemplo, a ideia de “Belo em Si” não pode sob hipótese alguma
se tornar feia. Para que algo seja considerado feio, deve estar incluído apenas
na Ideia de “feiúra”. As Ideias habitam uma esfera própria, mantendo suas
características de unidade, pureza e imobilidade. Mas elas se manifestam em um
outro plano, no das coisas sensíveis, ou seja, no nosso mundo. A partir de então,
tem-se uma dualidade de mundos na filosofia de Platão no que diz respeito às
coisas que existem e que podem ser
conhecidas. Estes dois mundos são conhecidos
pelos nomes de Inteligível (das Ideias) e Sensível (das Representações). O período
da vida filosófica de Platão em que aconteceu esta descoberta do inteligível, e
consequentemente, a sua relação com o sensível, é conhecido pelo nome de Segunda
Navegação. Trata-se do abandono de Platão em relação aos estudos unicamente
voltados aos sentidos e às coisas.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Faça uma análise sobre o Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade.
O estilo
“pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas
ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da
escola na sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um
modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação,
entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas,
autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”.Educar é produzir
sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações
justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas
sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios
são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas,
cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações
sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e
não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a
ação e não apenas para o exercício.
O estilo
“pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas
ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da
escola na sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um
modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação,
entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas,
autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”.Educar é produzir
sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações
justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas
sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios
são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas,
cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações
sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e
não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a
ação e não apenas para o exercício.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Explique em que consiste a Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates:
A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz
(Parto)" intelectual, da procura da verdade no
interior do Homem. Sócrates conduzia
este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou
interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um
determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos,
uma nova ideia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de
questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à
luz ideias complexas. A maiêutica baseia-se na ideia de que o conhecimento é
latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a
perguntas propostas de forma perspicaz.
A auto-reflexão, expressa no nosce te ipsum - "conhece-te a ti mesmo" - põe o Homem na procura das verdades
universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A Maiêutica, criada por Sócrates
no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete,
que era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogo Teeteto[1].
Há certa divergência
historiográfica sobre a utilização de tal método por Sócrates. Historiadores
afirmam que a denominação e associação de tal método ao filósofo decorrem da
narração, não necessariamente fiel, da vida de Sócrates por Platão. Deve-se
chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.
Disponível
em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Maiêutica>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.
Descarte Penso logo existe
É preciso esclarecer que o termo
pensamento utilizado por Descartes tem um sentido bastante amplo, abrange tudo
o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Assim, o ser
humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é
algo mais certo do que a própria matéria corporal. Baseando-se nesse principio,
toda filosofia posterior que sofreu a influencia de Descartes assumiu uma
tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito
pensante em relação ao objeto pensado. Em outras palavras, uma tendência para
ressaltar a prevalência da consciência subjetiva sobre o ser objetivo. Descartes,
foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções
sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano.
Foi um grande matemático, teve importante contribuição para a criação da
geometria analítica, que tornou possível a determinação de um ponto em um plano
mediante duas linhas perpendiculares fixadas graficamente [as coordenadas
cartesianas]Da sua obra-Discurso do método.podemos destacar quatro regras
básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que foram herdados pelos filósofos posteriores.
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que foram herdados pelos filósofos posteriores.
O
empirismo, por sua vez, nega a existência de idéias inatas e enfatiza o objeto
pensado. Defende que o processo de conhecimento humano provém de duas fontes
básicas: a nossa percepção do mundo externo (atenção) e o exame interno da
nossa atividade mental (reflexão).
O
palco inicial do empirismo foi a Inglaterra. Nesse país a burguesia, a partir
do século XVII, conquistou não apenas poder econômico, mas também poder
político e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico. Essa ascensão
da burguesia relaciona-se, no plano epistemológico, ao empirismo (valorização da
experiência concreta, da investigação natural) e, no plano sociopolítico, ao
nascimento do liberalismo (valorização da liberdade pessoal do cidadão e
exigência de limites constitucionais ao poder monárquico).
Os
principais representantes do chamado empirismo inglês são:
Francis Bacon, Thomas
Hobbes, John Locke, David Hume
No século
XVII, o inglês Francis Bacon (1561-1626) critica o método dedutivo da tradição
escolástica, que parte de princípios considerados como verdadeiros e
indiscutíveis, e esboça as bases do método experimental, o empirismo, que
considera o conhecimento como resultado da experiência sensível. Na mesma
linha, estão os pensamentos de Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke
(1632-1704) e David Hume (1711-1776). O empirismo pode ser considerado
precursor do positivismo.
Características
do Empirismo:
*
Conhecimento cientifico: a experiência é a base do conhecimento científico
*
Origem das ideias: a origem das ideias é o processo de abstração que se inicia
com a percepção que temos das coisas através dos nossos sentidos.
*
Relação de causa-efeito
*
Autonomia do sujeito
*
Matemática como linguagem
O Criticismo kantiano
Seu objetivo foi examinar a crença em sua
aplicabilidade na recuperação do sentido da religião moral; tendo em vista os
aspectos restritivos e expansivos do saber, coadunando na ideia de história e
de sublime. Identificou ainda questões vinculantes à problemática central, tais
como, liberdade e esperança. A primeira, por ser uma ideia transcendental
essencial naquilo que se refere ao saber puro e prático e transcende a esfera
da experiência, seu escopo ocorre na autonomia da vontade moral; já a segunda,
por ser o mais genuíno desdobramento natural do crer e um pressuposto do saber.
Por fim, se discorreu acerca do vínculo entre o agir moral e a crença e
identificou que a busca da autonomia da obrigação e da moralidade kantianas,
explicadas pela razão transcendental, passam pela ideia do Ser Supremo. A
religião moral ou da razão é compreendida como um instrumento significativo e
tem na religião seu referencial moral.
Disponível
em:<http://breviariodasideias.blogspot.com.br/2008/11/o-racionalismo-de-ren-descartes-idias.html >. Acesso em: 30 abr. 2012.
Disponível
em:<http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/thesis/view/15>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
Disponível
em:< http://www.fontedosaber.com/filosofia/empirismo.html>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
domingo, 29 de abril de 2012
Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características:
Características Principais da Filosofia Moderna
Historicamente falando podemos dizer que o termo
moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a ideia
de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o atual, o presente, na
verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição.
Podemos dizer que a filosofia moderna surge em
contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era
escolástica, teológica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em
vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem, ou do ponto
de vista do homem.
Duas noções fundamentais estão ligadas ao moderno:
• A ideia de progresso, que faz com que o novo seja
considerado o melhor;
• E a valorização do indivíduo, ou da subjetividade
como lugar da certeza e da verdade.
Podemos dizer que quatro fatores históricos
principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:
1. O humanismo Renascentista do Século XV;
2. A descoberta do Novo Mundo (1492);
3. A Reforma Protestante do Século XVI;
4. A Revolução Científica do Século XVII.
Além disso, outros fatores históricos contribuíram
também para a formação do Pensamento Moderno, como o mercantilismo como
surgimento de outro modelo econômico e o surgimento e a consolidação dos
Estados Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Países Baixos). Ao
Analisarmos esses fatores históricos e as suas peculiaridades poderemos
perceber quais as características da Filosofia Moderna.
O renascentismo tem sido visto como o detentor de
uma identidade própria e que se desenvolveu uma concepção específica de
filosofia que rompe com a tradição medieval.
Talvez o maior traço do renascentismo seja o
humanismo. O renascentismo foi buscar o lema do humanismo no filósofo grego
sofista Protágoras. “O homem é a medida de todas as coisas”. Esse pensamento
faz uma ruptura com o pensamento medieval, que sempre analisava as coisas do
ponto de vista do sagrado, de Deus, uma visão extremamente teocêntrica, onde a
teologia era o pensamento dominante, mas com o renascentismo este teocentrismo
é quase todo deixado de lado valorizando o antropocentrismo.
O Humanismo renascentista retoma a herança
Greco-Romana tendo temas Pagãos como centrais, afastando assim a temática
religiosa
O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a
concepção Filosófica Medieval, valorizando o interesse pelo homem
Durante o renascentismo o homem passa a ter
dignidade e não mais a ser visto como o homem caído como no contexto Medieval.
Essa mentalidade humanista levantada pelo
renascentismo influenciou a filosofia, fazendo surgir um novo pensamento, a
Filosofia Moderna.
A descoberta do Novo Mundo por Colombo contribuiu
decisivamente para o descrédito da Ciência Antiga. Revelou a falsidade da
Geografia Antiga desde a questão da verdadeira dimensão da terra até o
desconhecimento de novos territórios, assim também como a desmistificação
daquelas narrativas antigas sobre regiões desconhecidas que em nada correspondem
aquilo que foi encontrado.
Outra questão foi o questionamento da suposta
superioridade da moral cristã que é levantada por pensadores como Montaigne.
Montaigne levanta a questão do ponto de vista do
indígena mostrando que eles ensinam uma lição sobre nós mesmos, são como
espelhos, apontando as fragilidades e expondo às inferioridades do homem
Europeu
O imaginário Europeu busca assim uma explicação sobre
a Natureza desses povos que são essencialmente ambivalentes.
A descoberta do Novo Mundo levantou uma filosofia
Crítica a respeito da própria identidade do homem Europeu em contraponto aos
povos descobertos nessas terras, podemos dizer que a descoberta da América deu
início não somente a História Moderna como também a filosofia Moderna.
A Reforma Protestante foi também grande
contribuidora para a elaboração da modernidade, por exemplo, quando defende a
ideia de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem
divina nas Escrituras não necessitando de intermediação da Igreja, de teólogos,
nem de concílios, representa na verdade a defesa do individualismo contra as
instituições tradicionais, contra o poder adquirido e todos são colocados sob
suspeitas.
Podemos até mesmo colocar, sob um ponto de vista
filosófico que a reforma aparece como representante da liberdade individual e
da consciência como lugar da incerteza, contestando a autoridade institucional
e o saber tradicional, posições que serão fundamentais no desenvolvimento do
pensamento moderno, idéias essas que se encontram expressa no seu mais
importante representante, René Descartes.
Em resumo podemos dizer que a reforma contribuiu
para a Filosofia Moderna com a crítica à autoridade institucional; valorização
da Interpretação da mensagem da Escritura, pelo individualismo; ênfase na fé
como experiência individual, características essas marcantes na Filosofia
Moderna.
A Revolução Científica moderna tem seu ponto de
partida na Obra de Copérnico, quando ele defende que o Sol e não a Terra é o
centro do Universo, esse fator representa um dos fatores mais marcante de
ruptura, dando início a modernidade, exatamente porque ia de encontro com uma
teoria estabelecida a vinte século, uma maneira na qual o homem Antigo e
Medieval via a si mesmo e o seu mundo.
Na verdade o que se percebe é que o sistema
heliocêntrico de Copérnico, rompe com o modelo Aristotélico-Ptolomaico,
colocando o Sol como o centro do Universo e não a Terra.
Podemos dizer que duas grandes transformações
levaram a revolução científica:
• O Heliocentrismo
• A valorização da observação e do método
experimental.
A Revolução Científica Moderna rompe de fato com a
Ciência Antiga.
Podemos dizer em síntese que a Revolução Científica
rejeitou o modelo geocêntrico de cosmo substituindo pelo modelo heliocêntrico,
deu à noção de espaço infinito, uma visão de natureza como possuindo uma
“linguagem matemática”, ciência ativa x ciência contemplativa Medieval.
A Revolução científica pode ser considerada como uma
grande realização do espírito crítico humano, talvez tenha sido o triunfo da
racionalidade contra o obscurantismo medieval.
Disponível em:<http://dirleydossantos.blogspot.com.br/2010/01/filosofia-moderna.html>.
Acesso em: 28 abri. 2012
sábado, 28 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Analise do Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles e sua influência ou não destes filósofos na Educação atual.
A
educação, segundo a concepção platônica, visava a testar as aptidões dos alunos
para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação
completa para ser governantes.
Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que
pregava a renuncia do indivíduo em favor da comunidade. O processo deveria ser
longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos
poucos.
A
formação dos cidadãos começaria antes mesmo do nascimento, pelo planejamento eugênico da
procriação. As crianças
deveriam ser tiradas dos pais e enviadas para o campo, uma vez que Platão
considerava corruptora a influência dos mais velhos. Até os 10 anos, a
educação seria predominantemente física e constituída de brincadeiras e
esporte. A idéia era criar uma reserva de saúde para toda a vida. Em seguida,
começaria a etapa da
educação musical (abrangendo música e poesia), para se aprender
harmonia e ritmo, saberes que criariam uma propensão à justiça, e para dar
forma sincopada e atrativa a conteúdos
de Matemática, História e Ciência. Depois dos 16 anos, à música se somariam os exercícios físicos,
com o objetivo de equilibrar força muscular e aprimoramento do espírito.
Aos
20 anos, os
jovens seriam submetidos a um teste para saber que carreira deveriam abraçar.
Os aprovados receberiam, então, mais dez anos de instrução e treinamento para o
corpo, a mente e o caráter. No teste que se seguiria, os reprovados se
encaminhariam para a carreira militar e os aprovados para a filosofia – neste
caso, os objetivos dos estudos seriam pensar com clareza e governar com
sabedoria. Aos 35 anos,
terminaria a preparação dos reis-filósofos. Mas ainda estariam previstos mais
15 de vida em sociedade, testando os conhecimentos entre os homens comuns e
trabalhando para se sustentar. Somente os que fossem bem-sucedidos se tornariam
governantes ou “guardiães do Estado”.
Em
suma, todo o sistema educativo de Platão se baseia na procura da Verdade
cuja posse definirá o verdadeiro filósofo e também o verdadeiro político.
O curso de estudos, para Platão deveria ser de
cinco períodos:
1º- dos
3 aos 6 anos:
Prática do pentatlo (Nome colectivo de cinco exercícios que constituíam os jogos da Grécia, em que entravam os atletas: salto, carreira, luta, pugilato e disco. Dança e música para ambos os sexos). 2º- dos 7 aos 13 anos: Introdução paulatina da cultura intelectual e acentuação dos exercícios físicos. A partir dos 10 anos, aprendizagem da leitura e escrita e cálculo por processos práticos. Afasta-se assim dos costumes atenienses que começavam a educação intelectual antes dos 10anos. 3º- dos 13 aos 16 anos: Período da educação musical. O programa é dividido em duas secções: uma literária, compreendendo gramática e aritmética; outra musical, compreendendo poesia e música. Ensina-se a tocar a cítara e prefere-se a música dórica, enérgica e viril. 4º- dos 17 aos 20 anos: Período da educação militar. Os jovens deverão adquirir resistência e uma saúde a toda a prova. Será preciso harmonizar a música à ginástica, faziam-se os homens ferozes. Somente com a música, produzir-se-iam os afeminados. 5º- dos 21 anos em diante: Apenas os jovens mais capazes devem continuar a educação já com carácter superior e baseada nas Matemáticas e Filosofia. Entre eles, seleccionam-se os futuros governantes, prosseguindo sua educação até os 50 anos. Essa educação pode ser distribuída da seguinte forma: · Dos 21 aos 30 anos: estuda-se com profundidade: aritmética, geometria e astronomia. · Dos 31 aos 35 anos: predomínio da formação filosófica e dialéctica, sem prejuízo dos estudos matemáticos. · Dos 35 aos 50 anos: O magistrado será incumbido de uma função pública e empregará os seus talentos para a prosperidade do Estado. Ninguém será admitido ao governo, antes dos 50 anos de idade. |
Aristóteles
afirmava que o objetivo da educação é fazer as pessoas virtuosas. Devia,
portanto, haver três períodos de treinamento, adaptados aos três períodos do
desenvolvimento do homem. O primeiro, que vai do nascimento aos sete anos de
idade, seria inteiramente dedicado aos exercícios do corpo, como preparativos
para o ensino escolar formal. O segundo seria o do ensino formal, indo dos sete
aos vinte e um anos. Consistiria no ensino da Literatura, Música, Ginástica,
etc.
Na
teoria de Aristóteles, como na de Platão, a educação era questão afeta ao
Estado, cabendo a este controlá-la. Segundo Aristóteles, cumpre ao Estado
determinar quais as crianças que, devido a um defeito físico, devem viver e
quais as que devem ser destruídas logo após o nascimento. O Estado determina,
também, com quem o homem deve casar-se, a fim de ser assegurada uma prole
desejável. O Estado, afirmava ele, deve empregar a educação para criar cidadãos
que possam defendê-lo e torná-lo melhor.
As teorias de Platão e Aristóteles, ressaltando o emprego da educação pelo Estado como meio de preparar bons cidadãos, não exerceram, em sua época, grande influência na vida de Atenas. Ao contrário, dominava a dos sofistas, na qual a educação se destinava a atender aos interesses individuais. O individualismo daquele tempo não seria logo eliminado por uns poucos filósofos. O povo ouvia-os, mas seguia seus próprios interesses e exigia um tipo de educação que os tornasse mais felizes e lhes proporcionasse maiores êxitos. Viviam empolgados por visões de vitórias pessoais e pela felicidade de certas criaturas; de modo algum sentiam disposição para ouvir os filósofos que davam a entender que o êxito e a felicidade dependiam do bem-estar do grupo.
As teorias de Platão e Aristóteles, ressaltando o emprego da educação pelo Estado como meio de preparar bons cidadãos, não exerceram, em sua época, grande influência na vida de Atenas. Ao contrário, dominava a dos sofistas, na qual a educação se destinava a atender aos interesses individuais. O individualismo daquele tempo não seria logo eliminado por uns poucos filósofos. O povo ouvia-os, mas seguia seus próprios interesses e exigia um tipo de educação que os tornasse mais felizes e lhes proporcionasse maiores êxitos. Viviam empolgados por visões de vitórias pessoais e pela felicidade de certas criaturas; de modo algum sentiam disposição para ouvir os filósofos que davam a entender que o êxito e a felicidade dependiam do bem-estar do grupo.
Disponível em:<http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/e00homem.htm>.
Acesso em: 25 abr. 2012.
Disponível em:<http://www.dialogocomosfilosofos.com.br/category/platao/>.
Acesso em: 26 abr. 2012
Disponível em:<http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/academia4.htm>.
Acesso em: 25 abr. 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Discorra sobre o Mito, o que ele significa e representa no âmbito da Cultura Ocidental. Após feita esta reflexão pesquise e faça a narrativa de um Mito.
Mito
Mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado. A maneira de colocar em ação o mito é através dos ritos, em cerimônias, danças, sacrifícios e orações.
Mito nem sempre é utilizado na simbologia correta, porque também é usado em referência as crenças comuns que não tem fundamento objetivo ou cientifico. Porém, acontecimentos históricos podem se transformar em mitos, se tiver uma simbologia muito importante para uma determinada cultura. Os mitos têm caráter simbólico ou explicativo, são relacionados com alguma data ou uma religião, procuram explicar a origem do homem por meio de personagens sobrenaturais, explicando a realidade através de suas historias sagradas. Um mito não é um conto de fadas ou uma lenda.
Exemplo de mito:
Hermes
Na mitologia grega, Hermes era o deus mensageiro, dos pesos e medidas, dos pastores, dos oradores, dos poetas, do atletismo, do comércio, das estradas e viagens e das invenções. Era considerado, na Grécia Antiga, o patrono dos diplomatas, dos comerciantes, da ginástica e dos astrônomos.Hermes era filho de Zeus (deus dos deuses) e de Maia (uma das plêiades). A crença em Hermes espalhou-se por várias regiões da Grécia Antiga.Após a Grécia ser conquistada pelo Império Romano, a figura e o mito de Hermes sofreu um sincretismo com o deus romano Mercúrio (deus do lucro, do comércio e também o mensageiro dos deuses).
Surgimento do mito e realizações ;
De acordo com relatos literários, o mito de Hermes surgiu no período arcaico da história da Grécia (entre 700 a.C e 500 a.C) na região da Península do Peloponeso. De acordo com os mitos mais antigos, Hermes, em seu primeiro dia de vida, realizou vários feitos: criou a lira (instrumento musical), criou o fogo, os sacrifícios em homenagem aos deuses, etc.
Culto Hermes foi muito popular na Antiguidade Clássica. Vários templos foram construídos em sua homenagem em várias regiões da Grécia. Como era patrono da ginástica e da luta, havia estátuas de Hermes espalhadas por vários ginásios da Grécia Antiga.
Amores e descendentes de Hermes ;
Teve muitos amores e filhos. De acordo com a mitologia, foram filhos de Hermes: Hermafrodito (com Afrodite), Pã (com a ninfa Dríope), Evandro (com Karmentis) e Dáfnis (com uma ninfa não identificada).
Hermes
Na mitologia grega, Hermes era o deus mensageiro, dos pesos e medidas, dos pastores, dos oradores, dos poetas, do atletismo, do comércio, das estradas e viagens e das invenções. Era considerado, na Grécia Antiga, o patrono dos diplomatas, dos comerciantes, da ginástica e dos astrônomos.Hermes era filho de Zeus (deus dos deuses) e de Maia (uma das plêiades). A crença em Hermes espalhou-se por várias regiões da Grécia Antiga.Após a Grécia ser conquistada pelo Império Romano, a figura e o mito de Hermes sofreu um sincretismo com o deus romano Mercúrio (deus do lucro, do comércio e também o mensageiro dos deuses).
Surgimento do mito e realizações ;
De acordo com relatos literários, o mito de Hermes surgiu no período arcaico da história da Grécia (entre 700 a.C e 500 a.C) na região da Península do Peloponeso. De acordo com os mitos mais antigos, Hermes, em seu primeiro dia de vida, realizou vários feitos: criou a lira (instrumento musical), criou o fogo, os sacrifícios em homenagem aos deuses, etc.
Culto Hermes foi muito popular na Antiguidade Clássica. Vários templos foram construídos em sua homenagem em várias regiões da Grécia. Como era patrono da ginástica e da luta, havia estátuas de Hermes espalhadas por vários ginásios da Grécia Antiga.
Amores e descendentes de Hermes ;
Teve muitos amores e filhos. De acordo com a mitologia, foram filhos de Hermes: Hermafrodito (com Afrodite), Pã (com a ninfa Dríope), Evandro (com Karmentis) e Dáfnis (com uma ninfa não identificada).
Disponível em:<http://www.osignificado.com.br/mito/>. Acesso em: 17 abri. 2012.
Dê o conceito de Ontologia.
Ontologia é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do “ser enquanto ser”, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Enquanto a epistemologia refere se ao conhecer, a ontologia refere se diretamente ao ser em sua essência. Atualmente, diz-se que a ciência pós-moderna possui vocação ontológica. Em vez de interferir nos aspectos externos com o objetivo de fazer da técnica uma extensão do homem a ciência pós-moderna passa a interferir diretamente nas suas características internas, na essência do ser, com o objetivo de remodelá-lo, aperfeiçoá-lo e, até mesmo, em certo sentido, “fabricá-lo”.
Disponível em:<http://www.cienciashumanas.com.br/resumo_artigo_1391/artigo_sobre_o_conceito_de_ontologia>. Acesso em: 17 abri. 2012.
Reflita e explique a diferença entre a “Filosofia” e “Filosofia de Vida”.
A palavra FILOFOFIA é de origem grega resultante da junção de duas palavras: "philos" e "sophia". A primeira significa amigo, o que deseja ou procura. A segunda significa sabedoria, saber, conhecimento. Neste sentido, a filosofia diz respeito à actividade própria daqueles que amando ou desejando o saber, se envolvem na descoberta do conhecimento da realidade. Na Grécia dava-se o nome de filosofia aos homens que, movidos por interesses intelectuais desinteressados, procuravam compreender a realidade existente. O saber que íam adquirindo, assim como a totalidade dos conhecimentos obtidos nas suas investigações recebia igualmente a designação de filosofia.
Já a Filosofia de vida, ou cosmovisão, significa um “sistema pessoal de idéias e sentimentos a respeito do universo e do mundo”. Cada ser humano, em maior ou menor grau, tenha ou não consciência deste fato, possui uma concepção própria acerca da vida, do mundo, do universo.
O fato é que todos revelam sua filosofia de vida através de manifestações, atitudes, maneiras de enfrentar as circunstâncias, de forma trivial, no dia-a-dia. Outros, em maior profundidade, o fazem através de artigos ou livros.Cada pessoa, com suas características extremamente individuais, já nos primeiros anos de sua vida, elabora uma escala de valores, embasada na família e na sociedade. Com o passar do tempo, muitos vão construindo seu sistema de valores de forma mais personalizada, muitas vezes em conflito com a família de origem e a comunidade em que se desenvolveram.
Infinitos são os critérios a serem utilizados na estrutura da cosmovisão. De início, é necessário definir-se qual o sentido da vida, seu real propósito, seu significado maior. E, seguindo esta trilha, são ilimitadas as questões de elevada importância. Entre elas: Existe vida após a morte? O que é mais importante: concentrar-se em si mesmo, ou contribuir mais intensamente com a sociedade, sem, contudo, descuidar-se de seus próprios interesses? Os preconceitos de toda ordem, em especial os de raça e cor, devem ser cultivados, ou erradicados de vez da face da terra? Os bens disponíveis devem ser distribuídos a toda a humanidade, de forma justa e equilibrada, ou apenas usufruídos pelos detentores do poder e da riqueza? A liberdade deve ser compreendida, acalentada, defendida e desfrutada por todos, ou somente por uma minoria afortunada?
Bem, poderíamos seguir adiante nestas con-siderações, “ad infinitum”. Porém, nosso maior propósito ao escrever sobre este tema é despertar a questão no espírito das pessoas, para que reflitam sobre sua vida, seus valores, suas concepções mais profundas. Cada um, aprimorando sua filosofia de vida, sua cosmovisão, com certeza haverá de melhorar a qualidade da própria vida e, por via de conse-qüência, a vida da família, da comunidade, do país, do mundo inteiro, mesmo que, para tanto, sejam necessários alguns séculos.
Do livro: "A Arte de Viver"
Ramiro Sápiras
Disponível em:<
http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/100835>.
Acesso em: 16 abri. 2012
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