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terça-feira, 1 de maio de 2012

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.



Descarte Penso logo existe


É preciso esclarecer que o termo pensamento utilizado por Descartes tem um sentido bastante amplo, abrange tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal. Baseando-se nesse principio, toda filosofia posterior que sofreu a influencia de Descartes assumiu uma tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito pensante em relação ao objeto pensado. Em outras palavras, uma tendência para ressaltar a prevalência da consciência subjetiva sobre o ser objetivo. Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano. Foi um grande matemático, teve importante contribuição para a criação da geometria analítica, que tornou possível a determinação de um ponto em um plano mediante duas linhas perpendiculares fixadas graficamente [as coordenadas cartesianas]Da sua obra-Discurso do método.podemos destacar quatro regras básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que foram herdados pelos filósofos posteriores.
O empirismo, por sua vez, nega a existência de idéias inatas e enfatiza o objeto pensado. Defende que o processo de conhecimento humano provém de duas fontes básicas: a nossa percepção do mundo externo (atenção) e o exame interno da nossa atividade mental (reflexão).
 O palco inicial do empirismo foi a Inglaterra. Nesse país a burguesia, a partir do século XVII, conquistou não apenas poder econômico, mas também poder político e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico. Essa ascensão da burguesia relaciona-se, no plano epistemológico, ao empirismo (valorização da experiência concreta, da investigação natural) e, no plano sociopolítico, ao nascimento do liberalismo (valorização da liberdade pessoal do cidadão e exigência de limites constitucionais ao poder monárquico). 
Os principais representantes do chamado empirismo inglês são: 
Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, David Hume
No século XVII, o inglês Francis Bacon (1561-1626) critica o método dedutivo da tradição escolástica, que parte de princípios considerados como verdadeiros e indiscutíveis, e esboça as bases do método experimental, o empirismo, que considera o conhecimento como resultado da experiência sensível. Na mesma linha, estão os pensamentos de Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). O empirismo pode ser considerado precursor do positivismo.

Características do Empirismo:
  * Conhecimento cientifico: a experiência é a base do conhecimento científico
 * Origem das ideias: a origem das ideias é o processo de abstração que se inicia com a percepção que temos das coisas através dos nossos sentidos.
 * Relação de causa-efeito
 * Autonomia do sujeito
 * Matemática como linguagem
O Criticismo kantiano

 Seu objetivo foi examinar a crença em sua aplicabilidade na recuperação do sentido da religião moral; tendo em vista os aspectos restritivos e expansivos do saber, coadunando na ideia de história e de sublime. Identificou ainda questões vinculantes à problemática central, tais como, liberdade e esperança. A primeira, por ser uma ideia transcendental essencial naquilo que se refere ao saber puro e prático e transcende a esfera da experiência, seu escopo ocorre na autonomia da vontade moral; já a segunda, por ser o mais genuíno desdobramento natural do crer e um pressuposto do saber. Por fim, se discorreu acerca do vínculo entre o agir moral e a crença e identificou que a busca da autonomia da obrigação e da moralidade kantianas, explicadas pela razão transcendental, passam pela ideia do Ser Supremo. A religião moral ou da razão é compreendida como um instrumento significativo e tem na religião seu referencial moral.

Um comentário:

  1. Teresa!
    Com a filosofia o mundo passou por uma grande trasformação, as pessoas deixaram de ser influenciadas pelo mito, pelo censo comum e passaram a buscar a "Razão", ou seja, a raiz dos fatos. As pessoas passam a ser influenciadas pela pesquisa empirica.

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