Em que consiste a filosofia da educação? A resposta a esta
pergunta pode variar, dependendo do que se entende por filosofia (e, naturalmente,
também do que se entende por educação, mas a própria conceituação de educação
já envolve um certo filosofar sobre a educação). Ao leigo pode parecer incrível
que filósofos profissionais não tenham conseguido chegar a um acordo a respeito
do que seja a filosofia, isto é, acerca de seu próprio objeto de estudo, mas
esta é a pura verdade. A questão da natureza e da tarefa da filosofia já é, ela
própria, um problema filosófico, e, como tal, comporta uma variedade de
respostas. A muitos pode parecer que esta proliferação de respostas seja
indicativa do próprio fracasso da filosofia. Outros vêem nesta situação a
grande riqueza do pensamento humano, que, para cada problema que lhe é
proposto, é capaz de imaginar uma variedade de soluções, todas elas, em maior
ou menor grau, razoáveis e dignas de consideração, e todas elas contribuindo,
de uma maneira ou de outra, para uma compreensão mais ampla e profunda dos
problemas com que se depara o ser humano. Concordamos com estes últimos, e
somos da opinião de que, embora muitos problemas filosóficos milenares não
tenham (ainda?) sido solucionados, nossa compreensão deles, hoje, não é
idêntica à dos filósofos que os formularam pela primeira vez, sendo muito mais
profunda e ampla em virtude das várias respostas que já lhes foram sugeridas.
Isto significa que há progresso na filosofia, apesar de este progresso não
poder ser medido quantitativamente, em referência ao número de problemas
solucionados, podendo somente ser
constatado através de uma visão qualitativa, que leva em conta o aprofundamento
e a ampliação de nossa compreensão desses problemas.
Teresa Estudos Filosoficos
Calendário
quarta-feira, 9 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?
Os Mundos Platônicos
Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/lable/revistametanoia_material_revisto/revista05/texto01_teoriadosmundos_platao_popper.pdf >. Acesso em: 05 mai 2012
Platão (428/7-348/7 a. C) é marcado em
toda a História da Filosofia como sendo um grande propagador das ideias de seu
mestre, o também filósofo Sócrates (470/469-399 a. C). A sua obra literária,
constituída de diálogos, tem Sócrates como o personagem principal, sempre
envolvido em discussões com os mais diversos tipos de pessoas da Grécia. Deste modo,
fica difícil estabelecer um ponto onde termina o pensamento socrático e onde se
inicia o pensamento de Platão. Porém, no momento em que Platão inicia sua
discussão sobre a noção de ideia, como essência da coisa em si,
independente do intelecto e de todas as outras coisas, o seu pensamento começa
a tomar ares de algo próprio. Platão
inicia com este estudo, um método de pesquisa de característica matemática,
colocando um princípio e aceitando aquilo que está de acordo com ele,
rejeitando o que está em desacordo com este mesmo principio. Segundo Sócrates, esta
é uma “ação de geômetra”, que propõe hipóteses das quais se extrai as consequências lógicas. A “Idéia” para
Platão não representa um simples conceito ou uma mera representação mental. Ela representa uma
causa de natureza não-física, uma realidade inteligível, ou seja, representa
aquilo que o pensamento mostra quando está livre do sensível, constituindo o
chamado “verdadeiro ser”. Um outro termo usado por Platão para representar esta
sua noção de Ideia é Paradigma, ou seja, a Idéia é um modelo permanente
de cada coisa (como cada coisa deve ser). Todas as Idéias existem “em si” e “por
si”, ou seja, não estão relacionadas a nenhum sujeito particular, nem podem ser
moldadas à vontade de ninguém especificamente.
Esta característica permite compreender que
as Ideias não podem ser mais do que realmente são. Isto quer dizer que elas
se mantêm sempre da mesma maneira, puras, imóveis e impossíveis de se tornarem
outra coisa. Por exemplo, a ideia de “Belo em Si” não pode sob hipótese alguma
se tornar feia. Para que algo seja considerado feio, deve estar incluído apenas
na Ideia de “feiúra”. As Ideias habitam uma esfera própria, mantendo suas
características de unidade, pureza e imobilidade. Mas elas se manifestam em um
outro plano, no das coisas sensíveis, ou seja, no nosso mundo. A partir de então,
tem-se uma dualidade de mundos na filosofia de Platão no que diz respeito às
coisas que existem e que podem ser
conhecidas. Estes dois mundos são conhecidos
pelos nomes de Inteligível (das Ideias) e Sensível (das Representações). O período
da vida filosófica de Platão em que aconteceu esta descoberta do inteligível, e
consequentemente, a sua relação com o sensível, é conhecido pelo nome de Segunda
Navegação. Trata-se do abandono de Platão em relação aos estudos unicamente
voltados aos sentidos e às coisas.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Faça uma análise sobre o Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade.
O estilo
“pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas
ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da
escola na sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um
modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação,
entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas,
autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”.Educar é produzir
sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações
justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas
sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios
são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas,
cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações
sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e
não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a
ação e não apenas para o exercício.
O estilo
“pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas
ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da
escola na sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um
modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação,
entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas,
autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”.Educar é produzir
sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações
justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas
sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios
são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas,
cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações
sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e
não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a
ação e não apenas para o exercício.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Explique em que consiste a Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates:
A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz
(Parto)" intelectual, da procura da verdade no
interior do Homem. Sócrates conduzia
este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou
interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um
determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos,
uma nova ideia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de
questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à
luz ideias complexas. A maiêutica baseia-se na ideia de que o conhecimento é
latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a
perguntas propostas de forma perspicaz.
A auto-reflexão, expressa no nosce te ipsum - "conhece-te a ti mesmo" - põe o Homem na procura das verdades
universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A Maiêutica, criada por Sócrates
no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete,
que era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogo Teeteto[1].
Há certa divergência
historiográfica sobre a utilização de tal método por Sócrates. Historiadores
afirmam que a denominação e associação de tal método ao filósofo decorrem da
narração, não necessariamente fiel, da vida de Sócrates por Platão. Deve-se
chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.
Disponível
em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Maiêutica>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.
Descarte Penso logo existe
É preciso esclarecer que o termo
pensamento utilizado por Descartes tem um sentido bastante amplo, abrange tudo
o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Assim, o ser
humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é
algo mais certo do que a própria matéria corporal. Baseando-se nesse principio,
toda filosofia posterior que sofreu a influencia de Descartes assumiu uma
tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito
pensante em relação ao objeto pensado. Em outras palavras, uma tendência para
ressaltar a prevalência da consciência subjetiva sobre o ser objetivo. Descartes,
foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções
sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano.
Foi um grande matemático, teve importante contribuição para a criação da
geometria analítica, que tornou possível a determinação de um ponto em um plano
mediante duas linhas perpendiculares fixadas graficamente [as coordenadas
cartesianas]Da sua obra-Discurso do método.podemos destacar quatro regras
básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que foram herdados pelos filósofos posteriores.
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que foram herdados pelos filósofos posteriores.
O
empirismo, por sua vez, nega a existência de idéias inatas e enfatiza o objeto
pensado. Defende que o processo de conhecimento humano provém de duas fontes
básicas: a nossa percepção do mundo externo (atenção) e o exame interno da
nossa atividade mental (reflexão).
O
palco inicial do empirismo foi a Inglaterra. Nesse país a burguesia, a partir
do século XVII, conquistou não apenas poder econômico, mas também poder
político e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico. Essa ascensão
da burguesia relaciona-se, no plano epistemológico, ao empirismo (valorização da
experiência concreta, da investigação natural) e, no plano sociopolítico, ao
nascimento do liberalismo (valorização da liberdade pessoal do cidadão e
exigência de limites constitucionais ao poder monárquico).
Os
principais representantes do chamado empirismo inglês são:
Francis Bacon, Thomas
Hobbes, John Locke, David Hume
No século
XVII, o inglês Francis Bacon (1561-1626) critica o método dedutivo da tradição
escolástica, que parte de princípios considerados como verdadeiros e
indiscutíveis, e esboça as bases do método experimental, o empirismo, que
considera o conhecimento como resultado da experiência sensível. Na mesma
linha, estão os pensamentos de Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke
(1632-1704) e David Hume (1711-1776). O empirismo pode ser considerado
precursor do positivismo.
Características
do Empirismo:
*
Conhecimento cientifico: a experiência é a base do conhecimento científico
*
Origem das ideias: a origem das ideias é o processo de abstração que se inicia
com a percepção que temos das coisas através dos nossos sentidos.
*
Relação de causa-efeito
*
Autonomia do sujeito
*
Matemática como linguagem
O Criticismo kantiano
Seu objetivo foi examinar a crença em sua
aplicabilidade na recuperação do sentido da religião moral; tendo em vista os
aspectos restritivos e expansivos do saber, coadunando na ideia de história e
de sublime. Identificou ainda questões vinculantes à problemática central, tais
como, liberdade e esperança. A primeira, por ser uma ideia transcendental
essencial naquilo que se refere ao saber puro e prático e transcende a esfera
da experiência, seu escopo ocorre na autonomia da vontade moral; já a segunda,
por ser o mais genuíno desdobramento natural do crer e um pressuposto do saber.
Por fim, se discorreu acerca do vínculo entre o agir moral e a crença e
identificou que a busca da autonomia da obrigação e da moralidade kantianas,
explicadas pela razão transcendental, passam pela ideia do Ser Supremo. A
religião moral ou da razão é compreendida como um instrumento significativo e
tem na religião seu referencial moral.
Disponível
em:<http://breviariodasideias.blogspot.com.br/2008/11/o-racionalismo-de-ren-descartes-idias.html >. Acesso em: 30 abr. 2012.
Disponível
em:<http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/thesis/view/15>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
Disponível
em:< http://www.fontedosaber.com/filosofia/empirismo.html>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
domingo, 29 de abril de 2012
Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características:
Características Principais da Filosofia Moderna
Historicamente falando podemos dizer que o termo
moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a ideia
de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o atual, o presente, na
verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição.
Podemos dizer que a filosofia moderna surge em
contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era
escolástica, teológica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em
vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem, ou do ponto
de vista do homem.
Duas noções fundamentais estão ligadas ao moderno:
• A ideia de progresso, que faz com que o novo seja
considerado o melhor;
• E a valorização do indivíduo, ou da subjetividade
como lugar da certeza e da verdade.
Podemos dizer que quatro fatores históricos
principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:
1. O humanismo Renascentista do Século XV;
2. A descoberta do Novo Mundo (1492);
3. A Reforma Protestante do Século XVI;
4. A Revolução Científica do Século XVII.
Além disso, outros fatores históricos contribuíram
também para a formação do Pensamento Moderno, como o mercantilismo como
surgimento de outro modelo econômico e o surgimento e a consolidação dos
Estados Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Países Baixos). Ao
Analisarmos esses fatores históricos e as suas peculiaridades poderemos
perceber quais as características da Filosofia Moderna.
O renascentismo tem sido visto como o detentor de
uma identidade própria e que se desenvolveu uma concepção específica de
filosofia que rompe com a tradição medieval.
Talvez o maior traço do renascentismo seja o
humanismo. O renascentismo foi buscar o lema do humanismo no filósofo grego
sofista Protágoras. “O homem é a medida de todas as coisas”. Esse pensamento
faz uma ruptura com o pensamento medieval, que sempre analisava as coisas do
ponto de vista do sagrado, de Deus, uma visão extremamente teocêntrica, onde a
teologia era o pensamento dominante, mas com o renascentismo este teocentrismo
é quase todo deixado de lado valorizando o antropocentrismo.
O Humanismo renascentista retoma a herança
Greco-Romana tendo temas Pagãos como centrais, afastando assim a temática
religiosa
O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a
concepção Filosófica Medieval, valorizando o interesse pelo homem
Durante o renascentismo o homem passa a ter
dignidade e não mais a ser visto como o homem caído como no contexto Medieval.
Essa mentalidade humanista levantada pelo
renascentismo influenciou a filosofia, fazendo surgir um novo pensamento, a
Filosofia Moderna.
A descoberta do Novo Mundo por Colombo contribuiu
decisivamente para o descrédito da Ciência Antiga. Revelou a falsidade da
Geografia Antiga desde a questão da verdadeira dimensão da terra até o
desconhecimento de novos territórios, assim também como a desmistificação
daquelas narrativas antigas sobre regiões desconhecidas que em nada correspondem
aquilo que foi encontrado.
Outra questão foi o questionamento da suposta
superioridade da moral cristã que é levantada por pensadores como Montaigne.
Montaigne levanta a questão do ponto de vista do
indígena mostrando que eles ensinam uma lição sobre nós mesmos, são como
espelhos, apontando as fragilidades e expondo às inferioridades do homem
Europeu
O imaginário Europeu busca assim uma explicação sobre
a Natureza desses povos que são essencialmente ambivalentes.
A descoberta do Novo Mundo levantou uma filosofia
Crítica a respeito da própria identidade do homem Europeu em contraponto aos
povos descobertos nessas terras, podemos dizer que a descoberta da América deu
início não somente a História Moderna como também a filosofia Moderna.
A Reforma Protestante foi também grande
contribuidora para a elaboração da modernidade, por exemplo, quando defende a
ideia de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem
divina nas Escrituras não necessitando de intermediação da Igreja, de teólogos,
nem de concílios, representa na verdade a defesa do individualismo contra as
instituições tradicionais, contra o poder adquirido e todos são colocados sob
suspeitas.
Podemos até mesmo colocar, sob um ponto de vista
filosófico que a reforma aparece como representante da liberdade individual e
da consciência como lugar da incerteza, contestando a autoridade institucional
e o saber tradicional, posições que serão fundamentais no desenvolvimento do
pensamento moderno, idéias essas que se encontram expressa no seu mais
importante representante, René Descartes.
Em resumo podemos dizer que a reforma contribuiu
para a Filosofia Moderna com a crítica à autoridade institucional; valorização
da Interpretação da mensagem da Escritura, pelo individualismo; ênfase na fé
como experiência individual, características essas marcantes na Filosofia
Moderna.
A Revolução Científica moderna tem seu ponto de
partida na Obra de Copérnico, quando ele defende que o Sol e não a Terra é o
centro do Universo, esse fator representa um dos fatores mais marcante de
ruptura, dando início a modernidade, exatamente porque ia de encontro com uma
teoria estabelecida a vinte século, uma maneira na qual o homem Antigo e
Medieval via a si mesmo e o seu mundo.
Na verdade o que se percebe é que o sistema
heliocêntrico de Copérnico, rompe com o modelo Aristotélico-Ptolomaico,
colocando o Sol como o centro do Universo e não a Terra.
Podemos dizer que duas grandes transformações
levaram a revolução científica:
• O Heliocentrismo
• A valorização da observação e do método
experimental.
A Revolução Científica Moderna rompe de fato com a
Ciência Antiga.
Podemos dizer em síntese que a Revolução Científica
rejeitou o modelo geocêntrico de cosmo substituindo pelo modelo heliocêntrico,
deu à noção de espaço infinito, uma visão de natureza como possuindo uma
“linguagem matemática”, ciência ativa x ciência contemplativa Medieval.
A Revolução científica pode ser considerada como uma
grande realização do espírito crítico humano, talvez tenha sido o triunfo da
racionalidade contra o obscurantismo medieval.
Disponível em:<http://dirleydossantos.blogspot.com.br/2010/01/filosofia-moderna.html>.
Acesso em: 28 abri. 2012
sábado, 28 de abril de 2012
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